segunda-feira, outubro 30, 2006

Refletindo um desabafo

A decadência da sociedade é o amor. Não falo do amor humano, fraterno, puro – de ser humano para ser humano. Falo do amor-paixão, voltado ao sexo. Essa busca complementar de uma personalidade. Por causa dele, as pessoas enlouquecem e só resta um desejo: "respirar" aquela pessoa. Acham que o casamento é a ordem natural das coisas. Porque todo mundo casou ou por obrigação inconsciente de povoar o mundo, ´perpetuar a espécie´, procriar a raça humana. Conseqüência: o casal fica só "parindo" e "rebolando" menino na escola. Transfere toda a responsabilidade da educação de um novo ser humano ao professor. Não sabe, e, nem quer saber do crescimento e do aprendizado dos filhos. Tem muita preocupação no trabalho. O que é mais importante não é? Tem que sustentar a família! E de pensar que tudo começou com os nossos ancestrais.... Estava o índio pelado, tomando seu banho no rio, apreciando o verde e bebendo chá, quando chega aquele ´branquelo´ estuprando, matando, impondo. Somos essa mistura: o pacato e o violento. A ingenuidade que gera uma certa inércia diante da opressão. A necessidade de libertar-se de algo, mas não se sabe como. Tem-se o medo de sofrer de novo. Precisamos encontrar a nossa identidade para buscarmos o equilíbrio da sociedade. Mas qual a é a nossa identidade? Qual, dentre tantas, vamos escolher para servir de exemplo para nossa evolução?


*p.s.: reflexão durante aula da pós-graduação em pesquisa científica da uece. Discutimos sobre educação, nossas origens e cultura atual.

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